Dia das Crianças. Qual dia que não seria um dia
de criança? Ao retratar a minha infância não posso negar que é com uma emoção
saudosamente gostosa. Fico estupefato quando observo a geração infantil de hoje
em dia. Não vejo ou mal vejo as crianças de hoje brincarem de bola na rua, de
“pira-bujão”, ”bandeirinha”,
”pira-se-esconde” e por aí vão inúmeras brincadeiras muito divertidas que além duma interação social com as famílias vizinhas, proporcionavam
vez e outra joelhos ralados, broncas dos pais por
entrar em casa sujos (suados) e também por estar “tarde”. Na minha infância, contexto de lugar e época entrar “tarde” em casa era por volta das 21h. Afirmo orgulhoso: Minha infância foi MUITO FELIZ! E eu tinha uma vaga ideia do que era felicidade. Palavra esta que tinha significado em ser o último a chutar a garrafa na “pira-bujão”. Em pegar a “bandeirinha” e em saborear um jambo furtado. Mas quando se é criança não se usa o termo furtar. É roubar mesmo. Considero que o jambo mais gostoso do mundo era aquele “roubado” do terreno alheio. Se você não era o “ladrão” habilidoso e furtivo que subia na árvore, se era o cúmplice que apanhava as frutas embaixo que eram jogadas pelo primeiro. Considerava a emoção um misto de adrenalina do perigo e a alegria do sucesso da empreitada. Um dos meus escritores prediletos – Paulo Coelho – escreveu certa vez que uma criança sempre pode ensinar uma coisa para um adulto: ficar feliz sem razão aparente. Fato. Enquanto éramos crianças nos divertíamos com qualquer mera novidade ou inventávamos a novidade. Uma vez adolescentes e, ou adultos a coisa se inverte, e ficamos deprimidos. Vamos homenagear não somente o Dia das Crianças instituído na data de hoje, mas as crianças que fomos ou até mesmo somos dentro de nós, ademais as crianças de hoje e de amanhã, porque elas não são culpadas de serem sugestivas num tempo tão sugestivo, frenético e que as exigem e impõem tanto. Talvez seja por isso que a sociedade “avança” para onde está indo...
entrar em casa sujos (suados) e também por estar “tarde”. Na minha infância, contexto de lugar e época entrar “tarde” em casa era por volta das 21h. Afirmo orgulhoso: Minha infância foi MUITO FELIZ! E eu tinha uma vaga ideia do que era felicidade. Palavra esta que tinha significado em ser o último a chutar a garrafa na “pira-bujão”. Em pegar a “bandeirinha” e em saborear um jambo furtado. Mas quando se é criança não se usa o termo furtar. É roubar mesmo. Considero que o jambo mais gostoso do mundo era aquele “roubado” do terreno alheio. Se você não era o “ladrão” habilidoso e furtivo que subia na árvore, se era o cúmplice que apanhava as frutas embaixo que eram jogadas pelo primeiro. Considerava a emoção um misto de adrenalina do perigo e a alegria do sucesso da empreitada. Um dos meus escritores prediletos – Paulo Coelho – escreveu certa vez que uma criança sempre pode ensinar uma coisa para um adulto: ficar feliz sem razão aparente. Fato. Enquanto éramos crianças nos divertíamos com qualquer mera novidade ou inventávamos a novidade. Uma vez adolescentes e, ou adultos a coisa se inverte, e ficamos deprimidos. Vamos homenagear não somente o Dia das Crianças instituído na data de hoje, mas as crianças que fomos ou até mesmo somos dentro de nós, ademais as crianças de hoje e de amanhã, porque elas não são culpadas de serem sugestivas num tempo tão sugestivo, frenético e que as exigem e impõem tanto. Talvez seja por isso que a sociedade “avança” para onde está indo...
12 out 12
12h10min.
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